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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Fim da Escola Plural?

Educação
Escola Plural será extinta na nova gestão

O prefeito eleito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, demonstrou ontem
mais uma vez um descontentamento com a política educacional da
administração municipal nos últimos anos. Ele criticou a Escola
Plural, modelo implantado pelo PT desde 1993.

“É um projeto que não foi bem-sucedido e nós queremos encerrá-lo”,
afirmou.

Lacerda negou que estaria com dificuldades de encontrar um nome forte
do PT para a secretaria. O primeiro nome seria de Jorge Nahas, mas ele
foi mantido na secretaria de Políticas Sociais, outra pasta
estratégica para os petistas.

“A história da educação de Belo Horizonte nos últimos anos está ligada
ao PT e o partido tem a tarefa de melhorar o ensino fundamental”,
considerou.

O nome de Macaé Evaristo aparece como interina, mas Lacerda fez
questão de defendê-la e quer que ela seja efetivada. “É uma pessoa
muito qualificada e seria bom tê-la do nosso lado”, disse. (RG)

Publicado em: 30/12/2008 ( O Tempo)

Interessante a postura do prefeito eleito, mas contraditória a escolha da secretária Macaé. Se Márcio quer o fim da Escola Plural por que escolher alguém que é totalmente aderente a esta proposta de escola?

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pagamento e 1/3 de férias

O pagamento referente a dezembro PBH) será creditado no dia 7 de janeiro de 2009, quarta-feira. Lembrem-se de que para funcionários cujas férias são em janeiro haverá o pagamento de 1/3 das férias (vide Constituição). O último virá junto ao pagamento.

Feliz 2009 para todos. Tudo de bom.

esta Trindade Theodoro

domingo, 28 de dezembro de 2008

O PLANALTO TE ESPERA

Muito tem se falado, e mal, da educação brasileira; do seu baixíssimo nível, decorrência do pouco caso dos nossos governos, principalmente do atual, cujo chefe se vangloria pelo fato de ter, sem estudar, chegado aonde chegou. O Brasil é um país em que qualquer um pode ser presidente - são palavras dele. Mas, não tenham dúvida, ainda há os que achem ser a crítica a esse estado de coisas exagero daselitis; que não é bem assim, coisa e tal. Pois é para esses que transcrevo o teor de uma resposta a questão formulada numa prova de Biologia da segunda série do ensino médio. Por favor, não riam. Eu ri, confesso que ri, mas depois me arrependi. Me arrependi porque não é pra rir, é pra chorar. Vejam só:

A questão, discursiva, pedia que os alunos "citassem e justificassem dois aspectos positivos e negativos dos fungos aos interesses humanos". Pois vejam o que um aluno escreveu:

"Os fungos realmente são bastante nocivos aos interesses humanos. Fungando, uma pessoa pode estar inalando milhões e milhões de vírus e bactérias do ambiente em que se respira. Mas há também a utilidade. Uma boa fungada pode efetivamente retirar aquele catarro preso na garganta, sendo que quanto maior o som emitido pela fungada maior é sua eficiência e precisão na retirada daquela substância indesejada. Há quem diga que fungar é porcaria, mas pesquisas científicas revelam que, além de serem métodos eficientes, as fungadas fazem parte do dia-a-dia de pessoas em todo o mundo. É como diz a famosa frase: aquele que nunca deu uma fungada que atire a primeira pedra."

Vá em frente meu jovem, quem sabe se, depois de dona Dilma, não seja você. O prestígio do homem está lá em cima. Cola com ele.


http://homeroviannajr.zip.net/

PAULO FREIRE, AYRES BRITTO E O CONSTRUTIVISMO DA IGNORÂNCIA

PAULO FREIRE, AYRES BRITTO E O CONSTRUTIVISMO DA IGNORÂNCIA
Percival Puggina
14/12/2008
Em 1996, já com quase 30 anos de formado em arquitetura e sem nunca mais haver retornado a uma sala de aula, decidi fazer vestibular para Jornalismo, só para ver o que aconteceria. O único livro didático que abri foi um que estava sendo consultado por minha filha, então se preparando para o ingresso no curso de Psicologia. Era, na verdade um livrinho, pouco mais que um caderno, sobre Literatura Brasileira. Fiquei curioso por saber como se podia enfrentar uma prova sobre o tema a partir de um folheto de tão poucas páginas. Seu conteúdo consistia num sumário de livros que mais nenhum estudante brasileiro lê, diga-se de passagem, e respostas a questões que poderiam ser formuladas a respeito. É admissível uma coisa dessas? Sim. Em qualquer outro lugar do mundo, não. Mas no Brasil é perfeitamente possível obter nota de aprovação num exame sobre literatura nacional sem precisar ler coisa alguma do que escreveram nossos grandes. Joguei fora o tal livro, entre escandalizado e repugnado, e levei meus já escassos cabelos, então grisalhos, para enfrentar o vestibular na Famecos da PUC. Tirei o primeiro lugar.

Essa curiosa experiência, se não me valeu para prosseguir no curso, que abandonei logo na primeira semana de aula por absoluta falta de tempo, serviu-me para identificar a perda de qualidade sofrida pela educação brasileira no espaço entre duas gerações consecutivas. Saltou-me aos olhos que a minha geração, a minha, politizada e ideologizada até a raiz dos pelos pubianos (em que pese tudo que se diga sobre a alienação introduzida pelos governos autoritários), quando chegou às cátedras, fritou o cérebro dos seus alunos em banha marxista. Multidões de professores abandonaram os conteúdos e partiram para a militância. Construíram a ignorância dos alunos, mas conseguiram seus objetivos doutrinários. Mentiram sobre história, optaram pelas piores vertentes do pensamento, abandonaram os clássicos e produziram uma geração onde só evoluíram aqueles que, voluntariamente, chutaram o balde e trataram de avançar por conta própria. Eles e seus pupilos alcançaram os postos de mando do país e continuam ideologizando tudo por onde passam: a universidade e o material didático nacional; o direito positivo em todos os seus níveis; as denúncias, as investigações e as sentenças; as notícias e as manchetes; o cinema, o teatro, as artes, a música popular e o escambau. Lembram-se do que escrevi, há poucos meses, sobre aquele professor de matemática que, defendendo tese de mestrado, discorreu sobre o papel da sua disciplina na formação dos intelectuais orgânicos? Pois é.

Foi assim que, assistindo a leitura dos votos no julgamento do caso Raposa Serra do Sol pelo STF, pude me deparar com as delirantes abstrações da realidade com que nossos ministros se puseram a decidir. Para transformarem a reserva indígena num paraíso às vésperas da perdição faltou nada. O momento culminante do julgamento ocorreu quando o versejador sergipano Ayres Britto, em apoio a Eros Grau que falava sobre a sabedoria dos indígenas, lascou, citando Paulo Freire: “Não existe saber maior ou menor; existem apenas saberes diferentes”. De fato, aquelas tribos praticam o infanticídio, o ministro defende o aborto, e viva Paulo Freire.

Eis aí, tout court, num verdadeiro safanão à inteligência, o resumo da causa e a alma da decisão já bem engatilhada contra a soberania brasileira na Amazônia. A culminância do relativismo. Não é que já não mais existam verdade e mentira, nem certo e errado, fora da conveniência ideológica. É negada existência à própria ignorância, transformada em cada vez mais comum forma de saber. Tomas de Aquino e Frei Betto, Beethoven e Mano Brown, Aristóteles e Marilena Chauí. É tudo a mesma coisa, ta entendendo mano?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Piso do Magistério

Piso com degrau
Piso de R$ 950 para professores vale a partir de 2009

por Lilian Matsuura

A partir de janeiro de 2009, os professores do magistério e do ensino básico da rede pública poderão contar com o novo piso salarial de R$ 950, por 40 horas/aula semanais. O aumento, concedido pela União através da Lei 11.738/2008, no entanto, será concedido parcialmente. Dois terços em janeiro de 2009 e o restante, um ano depois. Nesta quarta-feira (17/12), ao analisar Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade, apresentada por cinco governadores, os ministros do Supremo Tribunal Federal consideraram constitucional os dispositivos da lei.

Havia uma discussão em relação à data de entrada em vigor do piso salarial. A lei diz que o valor passou a vigorar em janeiro de 2008, mas a primeira parte será paga em janeiro de 2009. O medo dos governadores era ter de pagar o aumento de forma retroativa. Os ministros concluíram que os R$ 950 devem ser concedidos aos professores a partir de 2009.

A ADI foi proposta pelos governadores Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Ceará, contra a Presidência da República e o Congresso Nacional.

Ao analisar outro dispositivo questionado da lei, a corte, no entanto, suspendeu cautelarmente o dispositivo que diminui o tempo em que o professor deve estar em sala de aula e aumenta o de atividades extra-classe. O parágrafo 4º, do artigo 2º, prevê o limite máximo de dois terços da carga horária para o “desempenho das atividades de interação com os educandos”. Até então, 25% da carga horária deveria ser reservada para planejamento das atividades.

O relator, ministro Joaquim Barbosa, entendeu que essa mudança é pequena, passando de 25% para 33% as atividade fora de classe. Por isso, não mudaria muito a situação atual. Além do que, esta discussão não caberia propriamente ao Judiciário, e sim ao Legislativo durante o debate para aprovação ou rejeição do projeto de lei.

O ministro Menezes Direito abriu divergência só em relação a esse ponto do voto do relator. Entendeu que é de competência dos estados e dos municípios regulamentar os horários dentro e fora da classe, de acordo com as peculiaridades locais. Além do que, essa redução do tempo com os alunos culminará na necessidade de contratação de professores. O que pode levar tempo maior do que o previsto na lei.

Piso x vencimento básico

Contra a vontade dos professores, o piso salarial de R$ 950, incluindo o pagamento de vantagens pecuniárias, deve ser mantido até o julgamento do mérito da ADI. A lei prevê que esse modelo pode ser mantido até 31 de dezembro de 2009. A partir daí, as vantagens deveriam ser pagas além do piso de R$ 950.

A sugestão foi feita pelo ministro Menezes Direito e aprovada por maioria. Segundo ele, “a lei foi sábia ao reconhecer a existência de dificuldade para a aplicação do piso salarial”. No entanto, a diferença entre os dois conceitos ainda deve ser discutida e por possíveis problemas técnicos, seria melhor aguardar a decisão do Supremo antes de a regra entrar em vigor.

O ministro Cezar Peluso entende que a Constituição Federal não definiu a estrutura dos subsídios. “Ela não se preocupou em conceituar a composição dos vencimentos e muito menos os valores. Quer apenas garantir o mínimo”, disse ao se referir à Emenda Constitucional 53, de 2006, que impôs a criação de um piso salarial nacional para professores da rede pública.

Revista Consultor Jurídico, 17 de dezembro de 2008

Colaboração de Klauss
postado por Geraldinho.
Sind-Rede/BH
CME

Discutindo o texto abaixo: "Aprovar quem não aprendeu?"

Pessoal,Vamos discutir esse texto abaixo?!

Aprovar quem não aprendeu?


A tese que esse texto defende, baseado no estudo a que se refere, de que a "aprovação automática" é um mal menor que a reprovação me parece falaciosa.

Primeiro porque o autor parte do raciocínio aparentemente periférico no seu texto e certamente preconceituoso, que é a tese de que lança mão a atual gestão da SMED para negar todas as licenças para mestrado e doutorado, de que os trabalhos acadêmicos, em sua grande maioria, são um amontoado de bobagens e de que só alguns poucos trabalhos realmente são significativos. Ora, essa visão maniqueísta da função da pesquisa como algo que deve ser imediatamente útil e prático ignora intencionalmente dois aspectos muito importantes da essência de uma pesquisa e da produção de conhecimento:

O primeiro aspecto é de que muitas pesquisas são isso mesmo - uma luz de pirilampo - não brilham e nem parecem ter grande importância, mas associadas à outras luzes de outros pesquisadores insignificantes vão iluminando um caminho antes ignorado e esclarecendo aspectos que um dia podem mudar nossa visão e prática arraigada de algo como a "bomba" ou "reprovação". Foi preciso que muitos estudos insignificantes e que nem versavam sobre o assunto, a educação, demonstrassem que o aprendizado se dá por outros mecanismos que o da coerção e que esse mecanismo anacrônico da reprovação estava servindo como instrumento, muitas vezes, para a escola selecionar o aluno que de coagi-lo a estudar. Assim, foi preciso que pesquisas como uma hipotética e insignificante idéia de um doutorando estudar o "o uso de artigos definidos e indefinidos pelos falantes de uma variante do português numa dada tribo indígena" para que outros pesquisadores, fazendo estudos correlacionados, se dêem conta de que o aprendizado de uma língua envolve diversas questões antes ignoradas e que o seu ensino pode se dar de outras formas diferentes, com outro ritmo, tempo, prioridades. É graças a essas pesquisas, aparentemente insignificantes, fruto de elucubrações acadêmicas tolas, inúteis, que se pode demonstrar que uma coisa aparentemente simples de se aprender como o uso formal "correto" dos artigos envolve problemas e conhecimentos complexos da língua antes ignorados, pois o falante os ignora em estágios iniciais, já que a língua de partida do aluno tem um uso bastante diferenciado da variante padrão da língua final, e que, portanto, talvez se deva mudar a forma de ensinar as línguas.
Além disso, esse tipo de pesquisa, aparentemente hermética e inconveniente, pode nos levar a pensar em outras forma de ver a realidade, como ocorre em uma dada língua, que não me lembro agora qual, em que o futuro é representado como algo que está atrás de nós e o passado na nossa frente. Isso seria interpretado até a década de 50 como uma ingenuidade, um primitivismo por antropólogos. Acontece que os falantes dessa língua pensam que o passado é algo que já se vivenciou, portanto pode ser visto, daí ele estar representado como algo que está diante dos nossos olhos e que o futuro é uma incógnita, portanto está nas nossas costas, pois não podemos prevê-lo. Então,a doideira inútil de um pesquisador que teve o desplante de usar verba pública para estudar uma variante de uma língua praticamente morta e falada por uma população economicamente insignificante lançou uma luz de pirilampo que põe em cheque uma visão estática de mundo e abre possibilidades para novas interpretações e métodos que corroboram com essa tese de que não devemos simplesmente reprovar um aluno que não sabe usar os artigos em língua portuguesa, talvez devêssemos apenas mudar a forma de abordar esse ensino ou até não exigir mais que se aprenda isso para iniciantes. Dizer que uma pesquisa é válida ou não é desconhecer que a Teoria da Relatividade de Einstein jamais teria sido formulada sem os pequenos erros e acertos de pessoas que viveram muito antes de Einstein existir. Foram esses visionários amalucados, sem instrumentos estatísticos adequados, que não chegaram lá, que prepararam o terreno para que Einstein tivesse sua solução genial. Sem eles, provavelmente, a teoria da relatividade nunca teria existido.

O segundo preconceito é de que as pesquisas que se baseiam em dados estatísticos sólidos são necessariamente inqüestionáveis e que é a genialidade e idoneidade, honestidade do pesquisador que garantem a eficácia e legitimidade de sua pesquisa. Não necessariamente. A interpretação de dados, estatisticamente formulados, pode levar a, em um dado momento, por um dado pesquisador, com uma certa formação, a pensar que "sendo X portanto Y" e em outro momento, até pelo mesmo pesquisador, já com outra formação e convicção, a pensar "sendo X portanto NÃO Y". A Ciência nos permite isso, pois ela não é um dogma ou metodologia, ainda que seus pressupostos não sejam tão fluidos como querem alguns pedagogos e teóricos de teorias plurais. Ela nos permite contestar os próprios dados e a relativizar afirmações contundentes como as do autor do texto a que respondo, sem tirar o mérito do Cláudio de fazê-lo, apenas tentando mostrar um outro lado da moeda que vem sendo obscurecido por um raciocínio, que está por trás da tese da NÃO REPROVAÇÃO a qualquer custo, que tem por objetivo apenas economizar o dinheiro que deveria ser gasto com a educação para desviá-lo, a fim de atender compromissos eleitoreiros.

Assim, concordo com a tese de que a "reprovação" não seja o único caminho para melhorar o desempenho de nossos alunos, mas o fato de “aprová-los automaticamente”, eliminando absolutamente o critério do MÉRITO, também não o é. O fato explicitado pela pesquisadora de que o desempenho dos alunos não reprovados seja melhor que os dos reprovados não é suficiente para a adoção desse modelo a todo custo. Acontece que o aluno tem chegado, tanto em um, como em outro modelo, do mesmo jeito. Sua auto-estima não parece ficar melhor só porque está sendo aprovado. Tenho experienciado que eles têm até piorado, pois não internalizam critérios que o permitem se auto-avaliar e se auto-regular adequadamente. Os que apresentam problemas de aprendizagem terminam o primeiro grau com o conhecimento formal semelhante ou pior que um aluno de quarta-série ou segundo ciclo. No modelo antigo, esse aluno, provavelmente, abandonaria a escola. Estatisticamente melhorou, qualitativamente deu na mesma ou ficou pior, que resulta em desastre, pois o imobilismo de um aluno na escola (automaticamente aprovado) acaba contaminando os colegas (pois se esse aluno nada tem que fazer, alguma coisa ele fará, e atrapalhar os que estão superando-o é uma alternativa interessante de competição). O aluno continua sendo excluído pelo modelo da aprovação automática, já que após concluir os estudos será surpreendido com o fato de que a escola pouco ou nada contribuiu e até prejudicou suas chances de ter uma vida melhor. No antigo modelo, ele se viraria sozinho e buscaria uma alternativa autodidata para o seu fracasso escolar. No modelo da não reprovação, ao sair da escola, para entrar no glorioso hall das estatísticas, o aluno tem de lidar com, somado ao seu disfarçado fracasso escolar, com a frustração de ter de lidar com sua inexperiência, fomentada por anos de vagabundagem e, além disso, de aquisição de maus hábitos. Se ele aprendeu mais conteúdos que os das escolas que reprovam, não parece ser suficiente, pois, provavelmente, aprendeu muito mais coisas ruins que boas. A pesquisa deveria levar em conta ( se não levou) se os alunos ascenderam socialmente na vida, se consguiram uma colocação no mercado de trabalho melhor que os oriundos da escola que reprova, após o tempo escolar e não apenas compará-los com aqueles frustrados que insistiram ficar na escola, apesar das bombas que levaram. Esse deveria ser o foco de uma pesquisa que pretende avaliar o desempenho dos alunos!

Partir do preconceito de que as classes populares têm uma cultura que os leva a nunca se preocupar com o desempenho de seus filhos e que a reprovação só é eficiente com os filhos das classes média e alta é reproduzir o mesmo conceito, piorado, de que a "cultura da reprovação" usava para excluir os despossuídos que não alcançavam um bom desempenho nas escolas.

Aprovar automaticamente é desastroso, pois leva ao imobilismo social, das classes políticas, pois estatisticamente a educação parece ir bem, e das classes populares, pois essas não vêem (enxergam) seus filhos, nem participam ativamente da sua formação, pois eles estão trancafiados lá nas escolas, aparentemente sendo atendidos e educados, quando não estão. Aliás, estão até aprendendo coisa pior que em casa e nas ruas.

Assim, a aprovação automática de nada vale, pois a qualidade das escolas não melhorou com ela, pelo contrário. A ligeira melhora do desempenho dos alunos aprovados automaticamente não é suficiente para dizer que o modelo da reprovação está superado. O modelo da aprovação automática reconhece sua insuficiência, pois institui a reprovação no fim do ciclo, o que cria um problema ainda maior. De que adianta reprovar após três anos de fracasso? Quem poderá garantir que o aluno irá recuperar em um ano o que não aprendeu em três anos repetindo o último ano do ciclo? O fosso criado é ainda maior que aqueles que fracassaram por um ano apenas no modelo seriado.

Além do mais, o conhecimento adquirido nas fases iniciais da escolaridade é fundamental para o sucesso nas fases seguintes, pois as séries iniciais é quando a criança apresenta mais disponibilidade para aprender. Assentar alguns conhecimentos primordiais na fase inicial é fundamental para criar um alicerce sólido para permitir criar uma autonomia e autodisciplina do futuro aluno. Por isso que os ditos fracassados que abandonavam a escola, muitas vezes conseguiam se virar na vida, pois sabiam ler escrever minimamente e fazer as operações fundamentais. Caso contrário, eles aprenderiam a lidar com e superar sua deficiência mais tarde. Foi assim com meus pais e com os pais de muitos, oriundos de classes populares e de etnias socialmente discriminadas. Na época, a escola reprovava e excluía como fizeram com meus pais, que não completaram o primeiro grau. Contudo, eles já tinham autonomia e conhecimento suficiente, relativamente maior que aqueles que agora terminam o segundo grau ou se formam nas faculdades, para se virarem sozinhos, pois eles não ficaram atoa se alimentando de ilusões na escola plural. Eles aprenderam um ofício e se virariam mesmo que ficassem desempregados. Minha mãe aprendeu a costurar e meu pai foi um autodidata que estudou eletrônica em manuais escritos em espanhol já que o pouco tempo que esteve na escola permitiu que ele tivesse uma base para estudar o que quisesse aprender.

Assim, a escola não precisa apenas melhorar sua didática! Esse discurso joga para a escola e para os professores um problema que é da nação: o da INCLUSÃO SOCIAL.

É preciso criar escolas voltadas para atender as demandas de cada público, não porque eles são oriundos das classes populares que não cuidam da educação de seus filhos, mas porque qualquer aluno, independente da origem, tem demandas diferentes de acordo com suas habilidades, personalidade, experiência e a escola precisa fornecer (ou voltar a oferecer) essa variedade de formação. Além disso, a escola tem que ter profissionais, senão dentro dela, pelo menos disponíveis para oferecer um atendimento médico, psicológico, social, educacional adequado. São especialistas a que as classes abastadas têm acesso fora das escolas, que, para fazer economia, os governos afastaram do ambiente escolar após essas reformas educacionais inclusivas.

A base desse preconceito com a pesquisa que faz a atual política educacional ignorar instrumentos pedagógicos que se considera eficientes apenas para lidar com a burguesia, com a classe média em diante.
Eles ignoram que, como seres humanos, independente da origem, somos todos capazes de aprender com nossos acertos ou fracassos. O que precisamos é de um apoio e incentivo para superar os obstáculos, não eliminá-los artificialmente, pois eles não deixarão de existir por decreto de um governo, seja ele do PT, do PSDB, de que partido ou ideologia for.

O que devemos ser, é mais responsáveis com a forma de lidar com a EDUCAÇÃO, pois há muito que deixamos ela à mercê de modismos pedagógicos. As gerações não se recuperam ao fracasso de um insanidade metodológica desses modismos. Temos que dosar a aplicação dos instrumentos pedagógicos, coercivos ou não, ao indivíduo, de acordo com a sua tendência. Esses instrumentos devem estar disponíveis, à mão do professor e da escola, até mesmo, os mais radicais, o da reprovação, da suspensão, até da expulsão ou transferência, pois são os professores e profissionais que lidam diretamente com o aluno que podem verificar a adequação de sua aplicabilidade, de acordo com a condição que lhe é dada, que permita a possibilidade de recuperar ou dar seguimento adequado a educação de um aluno. Isso, nem a pesquisa, nem a estatística ou qualquer instrumento de intervenção nas escolas pode substituir - O PROFESSOR- e a escola vem fracassando ultimamente por ignorar o verdadeiro valor dele, negando-lhe autonomia e os instrumentos pedagógicos adequados para o trabalho com o aluno e infringindo sua autonomia de definir como levar sua própria formação e a do seu aluno. É mesmo uma ECONOMIA PORCA do governo essa da APROVAÇÃO AUTOMÁTICA a todo custo, pois não o leva a dar um aporte adequado à curiosidade natural dos educadores e dos alunos, só uma escola meia boca que tem ensinado a alunos e professores a fazer cada vez menos para DESatender a todos.

Professor Woodson FC

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Aprovar quem não aprendeu?

Aprovar quem não aprendeu?

Claudio de Moura Castro

"O medo da repetência leva o aluno de classe média a estudar, para evitar os castigos. Nas famílias mais modestas não há medo nem pressão para que os filhos estudem"
Para chamar atenção sobre pesquisas irrelevantes, um bando de gaiatos de Harvard criou o prêmio Ignobel (um brasileiro já foi agraciado, por estudar o impacto dos tatus na arqueologia). De fato, esse é um problema clássico da academia. Como às vezes aparecem descobertas de valor na enxurrada de idéias que parecem bobas, todos se acham no direito de defender as suas. Diante disso, é reconfortante encontrar pesquisas colimando assuntos palpitantes e com resultados precisos e definitivos. Esse é o caso da tese de Luciana Luz, orientada pelo professor Rios Neto (UFMG), que examinou um problema fundamental: no fim do ano, o que fazer com um aluno que não aprendeu o suficiente? Dar bomba, para que repita o ano? Ou deixá-lo passar? O uso de dados longitudinais permitiu grande precisão na análise. A autora tratou os números com cuidado e sofisticação estatística. O cuidado aumenta a confiança nos resultados. Mas a sofisticação impossibilita que se faça aqui uma explicação acessível da análise estatística.
Contudo, a interpretação das conclusões é clara. A tese permite comparar um aluno que repetiu o ano por não saber a matéria com outro que foi aprovado em condições similares. Os números mostram com meridiana precisão: um ano depois, os repetentes aprenderam menos do que alunos aprovados sem saber o bastante. Tudo o que se diga sobre o assunto não pode ignorar o significado desses dados, que, aliás, corroboram o que foi encontrado pelo professor Naércio Menezes e por pesquisadores de outros países.
Ao que parece, para os repetentes, é a mesma chatice do ano anterior, somada à frustração e à auto-estima chamuscada. Andemos mais além da tese. Não reprovando, a nação economiza recursos, pois, com a repetência, o estado paga a conta duas vezes. E, como sabemos por meio de muitos estudos, os repetentes correm muito mais risco de uma evasão futura. Logo, ganha-se de três lados. Como a "pedagogia da reprovação" não funciona, a "promoção automática" é um mal menor.


A história não acaba aqui. A angústia de decidir se devemos aprovar quem não sabe torna-se assunto secundário, diante da constatação de que o aluno não aprendeu. Esse é o drama mais brutal do ensino brasileiro. Por isso, a discussão está fora de foco. Precisamos fazer com que os alunos aprendam. De resto, não faltam idéias nos países onde a educação dá certo. Por exemplo, na Finlândia – e mesmo no Uruguai – há professores cuja tarefa é dar uma atenção especial aos mais fracos. Por que se digladiam todos contra a "promoção automática", quando a verdadeira chaga é o fraco aprendizado? De fato, há uma razão. Grosso modo, três quartos da população brasileira é definida como de "classe baixa". Dada essa enorme participação, o que é verdade para seus membros é verdade para o Brasil como um todo. Mas há os 20% de classe média e alta. Para esses pimpolhos, a situação é diferente. Famílias de classe baixa são fatalistas, assistem passivamente à reprovação dos seus filhos. Se não aprenderam a lição, é porque "sua cabeça não dá". Já na classe média a regra é outra. Levou bomba? Antes zunia a vara de marmelo, depois veio o confisco da bola, da bicicleta ou do iPhone. Santo remédio!
Reina a "pedagogia do medo da repetência". Essa é a arma dos pais para que o filho se mantenha por longo tempo colado à cadeira e com os olhos no livro. Cá entre nós, eu estudava por medo da bomba. É também a ameaça da bomba que permite aos professores forçar os alunos a estudar. Sem ela, sentem-se impotentes. Portanto, estamos diante de um dilema. O medo da repetência leva a minoria de classe média a estudar, para evitar os castigos. Pode não ser a pedagogia ideal, mas ruim não é. Já nas famílias mais modestas não há medo nem pressão para que os filhos estudem. O que há são as bombas caindo do céu e criando repetência abundante e disfuncional. Pouquíssimos países no mundo têm níveis tão altos de repetência como o nosso. Ao contrário de outros dilemas, esse tem solução clara, ainda que difícil. Basta melhorar a qualidade da educação para todos.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Greve dos professores em Portugal

Caros amigos, proponho para leitura e análise este texto sobre a greve dos professores de Portugal, pois esta tem a ver com a avaliação de desempenho do professor e a política de mérito. Na sequência do mesmo alguns blogs que tratam da greve.

Um abraço e obrigado,
Geraldinho.

Greve Nacional dos Professores de Portugal
Depois da grande manifestação de 8 de Novembro - mais de 100 mil professores - e da inédita nas últimas décadas e organizada pelos movimentos e activistas independentes com 12 mil no dia 15, os professores demonstraram mais uma vez que têm força para lutar e vencer as políticas do governo Sócrates/Lurdes Rodrigues. Ao seu lado, colocaram-se não só os alunos, com a sua mobilização contra o Estatuto do Aluno, mas também grande parte da sociedade. Lurdes Rodrigues e o seu método de avaliação enfrentam hoje a oposição da maioria dos portugueses - e esta é já uma importante vitória dos professores.

Consciente do desgaste e com medo do seu impacto nas eleições de 2009, o governo começa a recuar para tentar abrandar a luta da classe: anunciou medidas no sentido de aligeirar o modelo de avaliação do desempenho, embora não mudando a sua essência economicista e o afunilamento da carreira para a maioria do setor, imediatamente denunciadas por sindicatos e movimentos independentes de professores; e convocou os sindicatos para sucessivas reuniões com a ministra, uma delas (a de dia 29 de Novembro) ainda por realizar.

Já escaldadas com o repúdio da classe ao tristemente famoso Memorando de Entendimento (o acordo firmado após a manifestação de 8 de Março entre a Plataforma Sindical de Professores/Fenprof e o Ministério da Educação e que paralisou aquela onda de mobilização e propiciou a tentativa por parte do governo de impor a avaliação do desempenho neste ano lectivo), a Plataforma/Fenprof têm garantido que não haverá uma reedição do Memorando: "Não está a ser forjado nenhum memorando de entendimento. Não há espaço para soluções intermediária, a única saída é a suspensão do actual modelo", garantiu o líder da Fenprof, Mário Nogueira, aos jornalistas.

Gato escaldado...
É positivo que o dirigente da Fenprof reafirme este compromisso com a classe, mas é imprescindível que, tendo em vista o passado recente, os professores mantenham-se atentos para evitar que novas negociações sejam feitas às suas costas.

No entanto uma dúvida começa a surgir: por que os dirigentes sindicais apresentam primeiro a sua proposta à ministra? Não deveria essa proposta de avaliação ser primeiro apresentada, discutida e sufragada democraticamente pelos professores de base antes de apresentá-la ao ministério? Além da importância democrática, não reforçaria ainda mais essa proposta ao Ministério da Educação se tivesse o apoio inequívoco dos professores que realmente estão nas escolas a sofrer com este modelo insustentável?

Acreditamos na força da base dos professores (sindicalizados ou não), que querem deixar de ser meros objectos na realidade e passar cada vez mais a ser sujeitos da realidade, com capacidade não só para levantar o braço, mas também de apresentar propostas alternativas. Foi este também o sentido da manifestação de 15 de Novembro, convocada exclusivamente por movimentos independentes de professores, como a APEDE e o MUP.

Além disso, a suspensão desta avaliação de desempenho é uma das reivindicações dos professores. Há outras igualmente importantes, como a revogação do Estatuto da Carreira Docente, a matriz da política demagógica do governo Sócrates que retira qualidade à escola pública e transforma professores em artífices de um sucesso escolar enganoso. É do ECD que decorre a divisão da carreira em duas categorias e o actual modelo de avaliação de professores.

Mobilização e organização continuam
O calendário de mobilização apresentando pela Plataforma/Fenprof permite a continuidade da luta, com as manifestações regionais de 25 a 28 de Novembro e a Greve Nacional dos Educadores e Professores a 3 de Dezembro. Mas existe um item essencial, relacionado com a organização dos professores pela base, que não consta do calendário dos sindicatos: o Encontro Nacional de Escolas em Luta, convocado pela APEDE (Associação de professores e Educadores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores) e outros movimentos e associações de professores.

De fato, na longa lista de ações (que correm o risco de serem um fator de dispersão e cansaço) não existe em momento algum a possibilidade de a base em luta decidir e avaliar as formas de luta correntes ou decidir outras, nomeadamente através de Plenários democráticos locais ou regionais. Por isso, o Encontro Nacional de Escolas em Luta é uma iniciativa muito positiva, pois coloca a possibilidade de os activistas de cada escola se pronunciarem sobre a condução da luta no país. Outro dos seus objectivos, segundo os seus promotores, seria canalizar as energias adquiridas na luta contra o modelo de avaliação para derrubar o Estatuto da Carreira Docente.


Para mais informações, visite os sites dos movimentos:
" http://apede.blogspot.com
" http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

ATENÇÃO: REUNIÃO COM EXCEDENTES NO SIND -REDE

Olá pessoal!


Estive na reunião de excedentes na tarde de hoje (04/12) na Smed.

Estavam dezenas de docentes e os gestores faziam a chamada de um por um para os enviar para as escolas, cada uma mais longe que a outra.

Avaliei com muitos que conhecia alí, que o fato de a SMED buscar resolver individualmente os problemas leva a fragmentação de nossa categoria e ao isolamento dos profissionais.

Resolvemos então chamar uma reunião para discutir estratégias para a questão dos excedentes: será no dia 12/12, sexta-feira, 14 horas e 30 minutos, na nossa sede: Av. Amazonas 491/ sala 1009, décimo andar (Ed. Dantes) Centro de BH. telefone 3226 3142; fax 3212 9044;

A marcação já foi comunicada na própria reunião da SMED aos que alí estavam presentes (professores de Matemática, disciplinas "extintas", e "outras").
Peço que avisem também aos colegas excedentes e a todos os possíveis interessados.

Um abraço a todos e até lá!
Geraldinho.
Diretoria Colegiada do Sind-REDE

O desafio é como EXCLUIR-NOS e não mais INCLUIR !!

Em uma canoa que está Furada, o desafio está em como resgatar os futuros náufragos, em EXCLUIR os que ali estão e não INCLUIR outros e ficar vendo o barco afundar de vez!! É preciso descobrir, antes de qualquer INCLUSÃO, em como consertar a canoa e verificar se ela comporta mais gente e não comportando, arrumar outra canoa ou reprojetar a mesma. 

Considero a idéia da INCLUSÃO, por isso, improcedente na atualidade, pois o problema que se impõe urgentemente é o de como vamos nos excluir desse modelo social e econômico e não mais, como incluir outros nele e reafirmá-lo. 

Em razão da ilustração acima, que revela um raciocínio básico, uma lógica primária que tem sido sistematicamente ignorada pelo partidários da INCLUSÃO a todo custo que penso que a escola precisa, urgentemente, formar pessoas capazes de fazer uso de sua cidadania em prol da coletividade, do bem comum, caso contrário, se não tiverem essa competência, estaremos incluindo os segmentos da sociedade despossuídos, igual o fazem o coronéis nos paus-de-arara que levam os trabalhadores para a colheita em suas imensas terras. Para isso, é preciso que os indivíduos formados no seio da escola estejam cientes de que é urgente a necessidade de construir uma sociedade que tenha coragem de abandonar os grandes centros,que deixe de consumir indiscriminadamente, que dedique-se a fazer e construir seus utensílios e objetos duráveis e a preservá-los e não mais só comprá-los nos hipermercados para logo descartá-los em lixões. Devemos nos empenhar em formar cidadãos que procurem gastar menos energia, água potável e a desenvolver formas caseiras de contribuir com essa economia no seu cotidiano. 

A escola, então, deve formar cidadãos que busquem desenvolver e reafirmar valores que levem as pessoas a ter maior autonomia financeira, intelectual e laboral, a agir de forma a resolver os problemas pela iniciativa individual ou pela via da organização e participação coletiva, em busca de soluções criativas de forma negociada, pacífica e arrazoada. Essa participação pressupõe indivíduos bem formados que possam efetivamente contribuir de forma competente e não mais pela força, de forma caótica, utópica, a qualquer custo. Esses cidadãos seriam legitimados pela sociedade por colaborar com o aperfeiçoamento do sistema político, social e econômico. Esse aperfeiçoamento deve permitir cada vez mais a participação efetiva de todos, ao externar seu pensamento sem cercear os contraditórios, nem serem cerceados por eles em decisões não só democráticas, socialmente justas, mas inteligentes, priorizando preservar esse mundo para as futuras gerações. Essas gerações, sim, absolutamente excluídas das decisões das instâncias de poder. O que estão por vir não podem organizar protestos nem boicotar nossas aulas contra a merda que estamos fazendo com o seu futuro mundo. A nós professores, cabe a missão de fazer com que elas também sejam ouvidas.

Enfim, é preciso excluir a escola desse processo massificador e alienante de valores hedonistas, individualistas ou, por outro lado, centrados em dogmas ou crenças estúpidas e crendices oportunistas de indivíduos que só se apoderam do Estado e da economia para fazer o que bem entendem, prejudicando a natureza, esse patrimônio que deve nos servir, mas também, às futuras gerações. É preciso conscientizar as pessoas que não podemos nos dar ao luxo de ignorar os problemas que estão levando a humanidade a caminhar a passos largos para a sua inexorável extinção, porque embarcamos em sistemas sociais e econômicos que só funcionam se aceitamos a inadmissível idéia que temos obrigação de crescer incessantemente, social e economicamente. Esse crescimento incessante e desordenado é que cria a ilusão de que se pode incluir a todos nessa avalanche consumista e que se pode usufruir indefinidamente de bens sociais e naturais escassos. Eles são escassos porque seu consumo desenfreado afeta de tal maneira o equilíbrio do nosso meio ambiente e da sociedade que um dia ele irá romper-se e não haverá mais bens nem sociedade para dividir alguma coisa.

Para construir um projeto que permita a todos se sentirem parte integrante dessa economia e sociedade irresponsáveis, a escola tem, cada vez mais, reproduzido e valorizado modelos de comportamento que nos desviam da urgente missão de capacitar os a alunos a buscarem formas de construir novos modos de viver que permitam preservar a vida do ser humano, agora e no futuro, retirando-o de grandes e dispendiosas cidades, reintegrando-o à ecologia do planeta e aperfeiçoando formas que permitam cada vez mais a solução de conflitos pela via negociada, honesta, arrazoada, consciente e pacífica, do contrário só iremos exacerbar ainda mais os conflitos sociais e agravar os problemas ecológicos existentes. 

Se continuarmos a pensar que devemos integrar e incluir, a todo custo, aqueles que se encontram a margem desse sistema econômico suicida que aí está, e se achamos que podemos nos calar diante dessa estupidez e deixar a canoa virar, procurando nos isolar radicalmente desse mundo, acreditando que, se a canoa afundar teremos um coletes salva-vidas que nos salvará, aí que tudo irá se perder, porque essa canoa já é nosso minúsculo planeta abarrotado de gente e o mar é todo esse intransponível universo. Não podemos nos virar mais sozinhos, deixarmos de evoluir, resolver egocentricamente apenas nossos problemas ou da nossa comunidade. Temos que ter um olhar que abranja a todos no mundo: estejam incluídos ou excluídos desse perverso sistema econômico/social que, se não é de todo homogêneo, trabalha na mesma lógica inflacionante. Porém, não podemos querer resolver o problemas dos excluídos, incluindo-os no problema de uma sociedade que não só os exclui, mas também nos excluirá a todos e nossos filhos, em breve. 

Devemos nos capacitar a todos, os excluídos e os incluídos a resolver problemas e a saber participar solidariamente da solução desses problemas, que já são “cabeludos”, ou em breve a humanidade destruirá tudo que ela herdou e nada haverá pelo que lutar ou deixar para nossos filhos, as futuras gerações, a não ser, como herança, uma triste lição e uma sofrida lembrança, se ainda existirem, de que fracassamos porque os abandonamos e morremos afogados de maneira ridícula, tentando fazer a “boa-ação” de INCLUIR a todos nessa "canoa furada". 

Woodson FC

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Pagamento e 13º

Ontem postei o texto abaixo. Pois bem. A PBH teria até o dia 20 para pagar o restante do 13º. Ela o creditará no dia 05/12(cinco de dezembro).
O salário com a última parcela do reajuste também será creditado no dia cinco. Deve ser aquela coisa de "gastem tudo pelo bem da economia" ou quer mesmo se igualar ao estado.
Modesta Trindade Theodoro
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O 13º pode ser pago até o dia 20. A Lei 9469/2007 revogou o art. 119 do Estatuto. A redação passou a ser:"Art.119 - A gratificação será paga à razão de 50% (cinqüenta por cento) até o dia 20(vinte) do mês de julho de cada ano, e 50% (cinqüenta por cento) até o dia 20(vinte) de dezembro de cada ano."O valor, segundo o artigo 122 da mesma Lei será equivalente ao provento do mês de dezembro de cada ano (Pagamento nas mesmas datas para o pessoal da ativa e aposentados). Por lei a última parcela do reajuste deverá ser paga agora. Cada qual com a sua percentagem.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

DOM de Terça-feira, 2 de Dezembro de 2008
Ano XIV - Edição N.: 3232
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Governo

COMUNICADO

Os feriados do ano de 2009 no Município de Belo Horizonte, conforme a legislação específica, são os que constam do quadro (relação) anexo.


Belo Horizonte, 28 de dezembro de 2008


Ricardo Carvalho Ferreira Pires

Secretário Municipal Interino de Governo


FERIADOS 2009 - NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE


1 de Janeiro; quinta-feira; Confraternização Universal;Feriado Nacional
Lei nº 662, de 06/04/49, alterada pela Lei nº 10.607, de 19/12/02

24 de Fevereiro;terça-feira;Carnaval;Feriado do Comércio
Lei nº 5.913, de 21/06/91

10 de Abril; sexta-feira; Paixão de Cristo;Feriado Municipal
Lei nº 1.327, de 08/02/67


21 DE ABRIL; terça-feira;Tiradentes;Feriado Nacional
Lei nº 10.607, de 19/12/02

1 DE Maio;sexta-feira;Dia do Trabalho;feriado Nacional
Lei nº 662, de 06/04/49, alterada pela Lei nº 10.607, de 19/12/02

11 DE Junho;quinta-feira;Corpus Christi;Feriado Municipal
Lei nº 1.327, de 08/02/67

15 DE Agosto;sábado; assunção de Nossa Senhora;Feriado Municipal
Lei nº 1.327, de 08/02/67

7 DE Setembro; segunda-feira;Independência do Brasil; Feriado Nacional
Lei nº 662, de 06/04/49, alterada pela Lei nº 10.607, de 19/12/02

12 de Outubro; segunda-feira;Nossa Senhora Aparecida;Feriado Nacional
Lei nº 6.802, de 30/06/80

2 de Novembro; segunda-feira;Finados;Feriado Nacional
Lei nº 10.607, de 19/12/02

15 de novembro; domingo;Proclamação da República;Feriado Nacional
Lei nº 662, de 06/04/49, alterada pela Lei nº 10.607, de 19/12/02

8 de Dezembro; terça-feira;Imaculada Conceição;Feriado Municipal
Lei nº 1.327, de 08/02/67

25 de dezembro; sexta-feira;Natal; Feriado Nacional
Lei nº 662, de 06/04/49, alterada pela Lei nº 10.607, de 19/12/02

Fonte: Secretaria Municipal de Governo

Sobre a beleza e a velhice

Há beleza na velhice para quem a vê.
É difícil enxergá-la quando não sabemos se nossas são as nossas pernas, ou são elas as muletas que carregamos com mãos trêmulas.

Texto: Modesta Trindade Theodoro

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Pagamento

O pagamento referente ao mês de novembro será efetuado no dia 5 (cinco) de dezembro/2008 a todos/as servidores/as da PBH. Nada oficial.Tomara que não venham com o erro apontado pelo colega no texto abaixo.É mês de reajuste.

Modesta Trindade Theodoro