Professor, publique aqui!

Para publicar nesse blog envie E-mail p\ blogdoprofessor.postar@blogger.com Cc peutzenfc@yahoo.fr

Se for REGISTRADO publique aqui

Não é registrado no blog (registre aqui)



quinta-feira, 30 de junho de 2005

O CAPE ACABOU

O CAPE ACABOU?
Em recente encontro no prédio da Rua Carangola, alguém me contou que o CAPE havia acabado. Que estava sendo desativado. Pensei comigo, também pudera, as Regionais estão massacrando as escolas, para que mais um órgão? Um órgão somente basta. Aliás, professor, o que você já usufruiu deste órgao?

a CPI de Roberto Jefferson

Hoje, assisti ao pronunciamento do entao Deputado Federal Roberto Jefferson. Em alguns momentos lembrou-me alguns programas evangélicos, onde há citações bíblicas e miss-en-cene. E ainda com o olho roxo? Será que fora agredido? Fico pensando em nossa gente simples que não entende nada e sobrevivem à mercê das decisões desses políticos. A Presidente do PT, Maria do Carmo Lara, ex-prefeita de Betim, tentou explicar e não convenceu. Será que chegará o momento do nosso prefeito esclarecer alguma coisa? Tipo: não tem dinheiro para nos reajustar o salário, mas há dinheiro para embelezar a cidade (nada contra a beleza); eleição grandiosa com um claro gasto de dinheiro, com carros e mais carros com adesivos enormes colados com o rostinho do Pimentel; espero que alguém me ajude a contar mais coisas... tô sem tempo agora. Até a próxima. IMARCONE.
BEPREM e JUNTA MÉDICA ? Serviço público para servidores públicos?

Quem já demandou serviços das duas instituições citadas acima pode atestar o que vou aqui descrever:

1- Nenhuma das instituições tem atendimento a noite. Sabendo que somos milhares de servidores e que muitos precisariam de ser atendidos dentro das melhores condições (tempo de espera, qualidade dos serviços e horários) isto é um contra-senso, para não dizer um absurdo. Explicando: se um professor do noturno tem dor de dentes às 21 horas, o que ele fará? Se um professor que trabalha em dois turnos (manhã e tarde) quer fazer um tratamento dentário, deve perder aulas para fazê-lo?

2- Devido a ausência de atendimento em certos horários (particularmente a noite), o servidor que precisa levar sua licença médica a ?junta?, perde mais um dia de serviço (além da licença) para cumprir o rito burocrático, o que é outro contra-senso, para não dizer outro absurdo. Se houvesse atendimento a noite isto poderia ser evitado.

3- Pode parecer bobagem, mas quem demanda serviços da BEPREM e da JUNTA é obrigado a assistir programas de televisão imbecis e imbecilizantes (se de manhâ, desenhos esquizofrênicos onde as personagens gritam, berram, se agridem e tome programa da Xuxa; se de tarde, o infeliz, convalescente ou sentindo dores nos dentes ou gengivas, é obrigado a engolir novelas (sempre repetidas) ou filmes (inéditos hoje, ou ?tripetidos?). E o volume? Parece coisa de doido. Não se respeita a individualidade e a inteligências das pessoas. E nem dá para mudar de sala de espera. Ali nem a condição básica de criatura com dor é respeitada. Será algum tipo alternativo de tratamento? Nem o cão de estimação da Xuxa merece isso.

4- E por último: no geral, os servidores da BEPREM e da Junta são educados e atendem bem (dentro das limitações do serviço público, é claro) mas já viram o nível de educação e polidez de uma certa médica da junta? Ela tem tanto ?fair play? quanto o Júnior Baiano e é tão simpática que parece o Pedro de Lara com ressaca.

Cai por terra a falsa idéia de que a PBH quer zelar pelo atendimento ao público: enquanto vamos a junta, como fica a sempre citada sacralidade das aulas dos alunos? Onde está o bom (des)serviço que não enxerga que a burocracia da junta médica retira quotidianamente um bom número de servidores de seus postos de trabalho só para levar um papel para a mis simpatia e os demais médicos dali? Onde está a visão administrativa da equipe bem paga e bem reajustada (59%) que não planeja, pensa, repensa o atendimento destes setores? Será que esta turma freqüenta, visita ou pelo menos tem notícia dos diversos setores da PBH que não seus próprios gabinetes? Ou serão simplesmente acionistas da rede globo?

Prof. Geraldinho ? IMACO
noturno

quarta-feira, 29 de junho de 2005

FÉRIAS PRÊMIO

As férias prêmio são um direito do professor e dos demais servidores públicos municipais. Está previsto em lei, que depois de dez anos de serviço o servidor faz juz a seis meses de féris remunerada, o que ele pode gozar ou vender.

O direito no caso da PBH se torna um engodo: as pessoas ganham mas não levam. Eu e muitos colegas fizemos dez anos de trabalho no início de 2003 e até hoje, apesar de termos feito a opção por vender as férias prêmio, passados já 18 meses, não vimos a cor do dinheiro.

Ainda inventaram um atalho (tipo beija mão) para alguns furarem a fila. Funciona assim: você faz uma solictação formal chorando suas mágoas, expondo suas mazelas e entrega na Secretaria de Planejamento. Um Gerente, da confiança de Pimentel portanto não da confiança dos servidores, avalia e paga a quem ele acreditar ser justo.

VOCÊ ACREDITA QUE OS AMIGOS DESTE GERENTE ESPERAM NA FILA POR DEZOITO MESES? E OS CRÍTICOS DA ADMINISTRAÇÃO (QUE SERÃO JULGADOS PELO GERENTE ESCOLHIDO PELO PIMENTEL)QUANTO TEMPO TERÃO QUE ESPERAR?

Pimentel, bom de papo e ruim de serviço, promete mas não cumpre. Este mesmo prefeito que hoje recebe 14 salários anuais e recebeu aumento de 59% não paga nossas férias prêmio. Imagine alguém que esteja no cheque especial (R$500,00, por exemplo). Se este permanecer por dezoito meses ( coma uma taxa 8% ao mês), sem muito detalhamento (calcular juros sobre juros e outras taxas bancárias etc), terá pago de juros a módica quantia de R$720,00. Isto tendo bom recurso a receber da PBH (seis vezes seus salário sem maiores descontos).

Se você tem férias prêmio a receber, entre em contato e vamos organizar um grupo para acionar a PBH na justiça. Vamos procurar receber cada centavo que Pimentel nos deve.

VAMOS ENVIAR ESTA DENUNCIA PARA A IMPRENSA E PARA OS VEREADORES DE OPOSIÇÃO A PIMENTEL.

Um abraço a todos e não desanimem que este tempo vai passar. Nós o faremos passar a força. Prof. Geraldinho de Paula Corrêa.
IMACO - terceiro turno.

segunda-feira, 27 de junho de 2005

Merda no Ventilador e cabo de guerra por um fio!

Com respeito ao que foi escrito em meu texto anterior (Veja aqui), quero rever algumas idéias que atingem diretamente meus colegas do projeto e que, se não revi, anteriormente, se deveu ao fato de não ter tido tempo nem de reler o que havia escrito. Costumo rever alguns textos, mesmo após publicá-los. A indignação manifestada pelos meus colegas é mais que justificada, embora não as tenham manifestado nos comentários do blog.

Começo pelo fim, o P.S. quando faço exigências... realmente não estava sendo nada realista. O meu lugar de professor não permite, há muito tempo, fazer qualquer exigência. Como fazê-lo, quando, na minha escola, faltam, só no turno vespertino, em média, desde o início do ano, afastados por *laudo licença médica, 5 professores, fora os que se ausentam aqui e ali por alguma legítima razão. Os professores do projeto, ainda que sustente a tese de que tenha condições mais favoráveis, não poderiam fazer seu difícil e inovador trabalho sem elas. O que me causa estranheza, e daí a indignação que me levou a ser injusto com os colegas do projeto, é o fato de que não há a mesma sensibilidade dessa gestão para com os professores das turmas regulares, quando não atendem uma antiga reivindicação de, pelo menos, criar um banco de professores que substitua os colegas em *laudo licença médica. Isso, somado a outros fatores que enumero no mesmo texto já dá pra tirar o juízo e bom senso de qualquer um que seja minimamente compromissado com o fazer pedagógico. Mas não fica por aí, o que me causa ainda mais espécie e me dá nos nervos, é o fato de sermos, ostensivamente, acusados de não sairmos do nosso lugar queixoso. Essa indignação que meus colegas sentiram com respeito a minha infeliz comparação, nos assalta quase todo dia, e eles sabem disso, pois vivem o mesmo drama nas suas escolas. O que me chateia, é o fato da prefeitura usar essa experiência como uma justificativa para desmerecer o trabalho regular (que já não é fácil) e eliminar e não reconhecer muitos projetos que, mesmo desenvolvidos em condições precárias e sem apoio oficial, são indispensáveis ao cumprimento da missão que a escola se propõe. Com respeito a isso, posso dizer que o projeto que levei adiante, a que me refiro no texto, jamais teria sido desenvolvido e não teria tido a compreensão e colaboração dos colegas sem o momento da reunião pedagógica, em que pude colocá-los a par do que estava sendo feito. Mesmo assim, a diretoria só teve a real noção do que foi realizado, quando exibi o curta-metragem na formatura dos alunos. Somado a isso, outras tantas atividades foram desenvolvidas no ano passado na EMDO: três festivais com diversas apresentações de professores e alunos, festa junina, uma orquestra de flautas, o coral, entre outros, tudo isso graças a esse momento que permitia avaliar os problemas da semana e amortecer na coletividade as dificuldades do dia-a-dia.
Lamento que tenha sido tão injusto com meus colegas do projeto, que se esforçam para enfrentar os problemas que esses alunos, em risco social, alvo do projeto do 3º Ciclo, que, sem a estrutura que é oferecida a eles jamais poderiam enfrentar essa missão.

Realmente, esses alunos nem estariam na escola, se não houvesse uma abordagem diferenciada de seus problemas e isso está sendo feito, também, ainda que intuitivamente, por nossos colegas nas turmas regulares. Porém, reconhecemos que não conseguiremos motivar esses alunos, se não houver a complementação de um projeto como o do 3º Ciclo na escola.

Reconheço, por outro lado, que não me esforcei no sentido de obter uma maior sintonia com o grupo, daí o equívoco, em virtude da ausência nas últimas reuniões do projeto, dado o desânimo que me assaltou, o período anterior e pós-greve. Mas não foi isso que me levou a pagar esse mico. É que minha identidade com esse grupo está em franca disputa com a identidade que tenho com a EMDO, daí essa reação enciumada. É que não acho justo que se acabe com a reunião pedagógica, em que, se o aluno perde 2 horas de aula semanais, ele as ganha em qualidade, dada a construção coletiva das ações implementadas na escola. Não consigo entender o porquê de não se garantir esse espaço de socialização dos problemas que, no projeto, também irá acabar. É mais do que evidente que, acrescentadas essas 2 horas semanais, isso não irá melhorar o ensino dos alunos. Não houve o tão esperado salto de qualidade quando se aumentou o número de aulas de 180 dias para 200.

Vou à loucura quando a comissão que negocia com o nosso sindicato propõe a avaliação do desempenho de nossos alunos através do SIMAVE, e isto como um termômetro adequado para avaliar o desempenho dos professores, ignorando outras formas e parâmetros de avaliação e as particularidades das escolas e do modelo de escola adotado. É perverso incentivar uma abordagem intimista do ensino, procurando atacar os problemas pelo viés da sociabilidade e avaliá-lo quantitativamente, somente pelo seu viés conteudista. Principalmente quando a cliente-la que se pretende atender tem um grau de frustração muito grande, dadas as desigualdades sociais com que lidamos nesse país. Desigualdade e não pobreza, quero ressaltar.

Contudo, mesmo assim, tenho me esforçado para que o projeto dê certo e considero os que, infelizmente denominei ?privilégios?, indispensáveis para o seu sucesso. Acontece que não concordo que não se tente uma abordagem que privilegie também a aquisição de conteúdo. É que a formação que os professores vêm tendo, ultimamente, permite uma abordagem de ensino que não se atenha apenas na alfabetização, já que alunos, como os atendidos pelo projeto, do terceiro ciclo, não respondem a atividades calcadas apenas nessa abordagem. O que é preciso desenvolver, e esse grupo tem potencial para fazê-lo, é aproveitar o espaço de interlocução que as atividades do projeto permitem desenvolver para oferecer desafios que motivem eles a enfrentar melhor suas inerentes dificuldades no campo da escrita, da leitura, do desenvolvimento psicomotor, da compreensão do mundo, das operações, etc. Mas isso, como forma de se criar um hábito, de forma um pouco mais ostensiva, que justifique um acompanhamento menos solto e uma tutela mais firme na condução das atividades pedagógicas com objetivo de obter uma melhor desenvoltura desse aluno na vida escolar. Tal abordagem, acredito, retirada às reiterações de sua condição desprovida, podem conduzi-lo, sem que se incorra no risco de aprofundar, ainda mais, a desmotivação que a baixa auto-estima desses alunos provoca.

Porém, me causa desânimo perceber que a nossa gerência perca tanto tempo em lidar com nossos escorregões e não procure valorizar e incentivar nossos acertos e conquistas, com igual intensidade. Mais triste ainda, é ver colegas pedirem a minha retirada do projeto com o argumento de que ando muito confuso, pois não pareço acreditar nele. Não é o caso. Não costumo ser radical nos meus posicionamentos, a ponto de me colocar na posição de alguém infalível, mas na condição de alguém que se antagoniza a uma prática e teoria, com o fim de motivar o movimento dialético que busca uma compreensão maior do ato de educar, cujo objetivo é alcançar uma prática que promova o aperfeiçoamento constante do projeto.
De qualquer forma, fico feliz com o encaminhamento dado, que preservou a autonomia da EMDO em decidir o destino do projeto, sua aquiescência ou não. Já é um grande avanço. Ficando ou não nesse projeto, eu faço votos que ele alcance seus objetivos e que tantos outros, como esse, tenham também o seu lugar garantido.

Peço, portanto, desculpas, pelo tom nada cordial de parte do texto, apesar do contexto.

De qualquer forma, somos vítimas e algozes de uma cultura perversa que tende a valorizar mais o que temos do que dar o devido valor ao que fazemos e a polemizar mais pelo que, momentaneamente, dizemos que por aquilo que, efetivamente, somos.


* errata

Décimo quarto salário do pimentel

Está na nossa mídia (pois na grande mídia não está): Pimentel e seus asseclas recebem décimo quarto salário pelo menos desde 1992. MESMO ASSIM RECEBERAM 59% DE REAJUSTE. No jornal da Itatiaia a PBH tenta justificar a desfaçatez do aumento afirmando que não recebem aumento há dez anos. Aqui tentam emplacar outra mentira: RECEBERAM TODOS (PIMENTEL ENTRE ESTES) 45% DE REAJUSTE EM 1999 (se não foi depois), o que perfaz um total linear de pelo menos 104% de reajuste. Se fizermos tudo certinho vejamos:100 + 45%= 145 + 59%= 230,55, o que dá mais que 130% em menos de seis anos.

Para refrescar a memória: O prefeito era Célio e Pimentel era vice. Parcela dos servidores (da URBEL, da Sudecap e BHtrans) fizeram protestos similares aos que se vêem hoje organizados pelo Sintappi e sindibel (por que eles sim e nós não?).,

Quem recebeu 130% neste espaço de tempo? Só a classe política.

O que tem de pior: A MENTIRA OU A CARA DE PAU DE MENTIR (CRENDO NA FALTA DE MEMÓRIA DA POPULAÇÃO)?

sábado, 25 de junho de 2005

Email pedindo o Impechement do "Grande Molusco"

Email pedindo o Impechement do "Grande Molusco"
Segue aqui , uma cópia do e-mail que enviei para todos os partidos , menos o PT é claro , solicitando a organização popular para o plebecito do Impecheament de Lula. vamos fazer uma corrente , enviando vários e-mails de cunho iguais a este para os outros partidos. Fora Lula e sua corja !

Ei , quando é que vocês vão tentar realizar junto à população o Impechemant do Lula e da bandidagem que anda rolando a solta com o mensalão ? Collor , por muito menos foi deposto.
O que o povo quer não é reformulação de ministério . O que o povo quer é Lula fora!

Já enviei para vários partidos e já recebi resposta do Partido Verde.
"Caro Pedro

Como cidadão você sempre tem direito a reivindicar. Sugiro que você faça um
e-mail (não deixe de se qualificar) com suas considerações para a liderança
do PV na Câmara. Entre em www.partidoverde.org. O PV não age sozinho. É
preciso pessoas como você para que tenhamos ação, mas com respaldo.

Saudações Verdes

Roberto Bendia
Secretário Estadual de Comunicação
PV Minas - www.partidoverde-mg.org.br"




VAMOS GENTE! VAMOS FAZR UM MUTIRÃO E ACABAR COM AS TETAS DO GOVERNO. POR FAVOR, COMEÇEM A ENCHER A CX DE ENTRADA DOS OUTROS PARTIDOS SOLICITANDO O IMPECHEAMENT DE LULA .
PARA AJUDAR , AQUI VAI A PÁGINA ONDE VC PODE ENCONTRAR O E-MAIL DOS PARTIDOS :
http://www.camara.gov.br/internet/infdoc/HTML/partidos.htm
GRATOS
POR UM BRASIL MELHOR - PELO MENOS MAIS HONESTO

sexta-feira, 24 de junho de 2005

Reencontro de colega professor aposentado

No mês passado, andando pela Avenida Brasil, atrás de plano de saúde, eu me encontrei com um colega nosso. Conversa vai, conversa vem, ele me contou que estava indo até um órgão do Estado atrás de um remédio gratuito distribuído pela Secretaria de Saúde. Quando estava na "ativa" sempre lutou para que nossa categoria fosse respeitada. Batalhador incansável dentro de nosso tão valente sindicato. Conversa vai, conversa vem, ele me informou que o salário que recebe, depois que se aposentou, não dá para comprar os remédios que está tomando. Esta realidade eu já havia vivenciado com uma colega que se aposentou e depois me ligou reclamando que havia se arrependido de ter se aposentado, pois seu salário fora "lá em baixo", conforme expressão usada por ela. Pois é, fiquei com medo de me aposentar...

marcaco ou imacone????

Em uma das reuniões pedagógicas da escola, ouvimos a seguinte denúncia: mais que reduzir turmas, a Smed /Gered CS pensa seriamente na proposta de fundir as escolas IMACO e Marconi. O pano de fundo foi desvelado claramente nos textos dos colegas ("Violência e Axé-Music" e "Ao Som do Hip Hop"). A violência (gravíssima) que impera nas escolas mais tradicionais faz decrescer o número de matriculados e a PBH só enxerga um remédio: fusão de turmas. Assim como a Ekipinômica de Lula que só faz subir a taxa básica de juros para conter a possível inflação, a proposta tipo samba de uma nota só, monocromática e superficial, é a única para os educadores da Smed/Gered.

Por outro lado os moradores do entorno do Marconi estão pressionando para terminar com aquilo que entendem ser um dos focos de violência da região. Agora pode acabar: já passou o tempo em que as famílias de classe média ficavam na fila para colocar seus filhos no Marconi. "Está muito misturado", diz a elite santagostiniana. "Agora ali estudam negros e favelados". O antigo colégio Técnico do Parque Municipal passa também por pressão, de igual teor, mas de outro segmento: os ambientalistas de escritório.Gente que não passa perto de mato desde a adolescência e que confunde preservação de gatos com ecologia e educação pública com assepsia social. Entende de direito ambiental e cosmologia mas odeia humanos por perto. Gente inocente e perigosa, que assiste em seus confortáveis sofás o "Discovery Chanel" e se acha expert em meio ambiente e políticas públicas (inclusive educação).

Me lembrei de quando o IMACO ocupou o antigo prédio da odontologia da UFMG, na Cidade Jardim. Vi certa vez uma passeata pela paz na Prudente de Morais. Era gente de posses e não baderneiros em greve. Se me lembro bem foi na ocasião da morte do promotor Lins do Rego.Carregavam faixas. "Quanto será que pagam às suas empregadas domésticas?"- Foi o que me veio à mente..."quanto custa a sua paz?". Passado algum tempo, os meninos da escola arrancaram vasos de flores da praça em frente a escola. Chegaram a arrancar também o rabinho dos porcos de bronze que enfeitavam a praça. A reação não tardou: reclamações com a diretoria e com a prefeitura. Onde já se viu, meninos da periferia na Cidade Jardim....olhei para os que reclamavam e constatei...eram porcos de bronze, e os meninos ousaram tocar em suas caudas rígidas e bronzeadas.

Pergunto hoje :

Quando vamos discutir as causas em vez de tratar os sintomas? Quando alguns diretores (ou candidatos a ) deixarão de pensar em fazer campanha e começarão a pensar nas escolas, nos estudantes, nos professores e na RME? Quando os diretores da RME começarão a pensar como corpo sem estar a mercê da agenda da PBH?

Quando alguns professores começarão enxergar que evasão, violência, infrequência, má qualidade, têm a ver conosco, com nossas vidas, com nossa profissão?

Quando faremos a PBH a rever sua política equivocada de inclusão (que inclui uma minoria e expulsa os demais)?

Quando a categoria e o nosso sindicato entenderão o noturno como prioridade, ele que é tratado hoje como filho bastardo da filha feia do Estado (a educação)?

Quando teremos uma interlocução clara com a classe média, mostrando para esta gente que escola pública é ponto de partida para resolvermos este país grande e bocó?

Voltará enfim o dia em que nós professores, mais que os gestores da PBH, poderemos retornar com nosso filhos e filhas para a escola pública como opção, e não como falta desta, como escolha de classe e não como consequência da nossa miserabilidade?

Pensaremos sempre como a mocinha do seriado do Chapolim Colorado ("e agora, quem poderá nos defender?" Rogério, Neila, Sindicato, Promotoria, Don Valmor?) ou tomaremos nós as rédeas da escola pública?

Enquanto não temos resposta para isto, continuarão as patéticas passeatas contra a violência e pela paz (como se os bandidos atendessem reivindicações). Continuará a PBH contratando Guardas Municipais (já que o governador não tem competência para resolver a questão da segurança) querendo se mostrar competente em algo que não é sua obrigação constitucional. Isto ao mesmo tempo que afirma não ter recursos para o que é sua obrigação.

E restará a nós, do Imaco e do Marconi, discutir o possível nome para a mais nova escola da RME: Imacone ou Marcaco?

Prof. Geraldinho
IMACO - 3o turno.

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Cargos na PBH ou como cooptar os críticos.

No MG TV de hoje, dia 20 de junho de 2005, foi entrevistada uma ex- professora e atual gerente
do projeto de turmas de alfabetização da pbh num programa de parceria com o governo federal. Detalhe: antes de ser enviada para nossa regional e antes de assumir este cargo de gerente, a ex-professora era inimiga visceral do PT e crítica feroz da escola plural.

Hoje está feliz e risonha no governo municipal e recebendo os seus 59% de reajuste. Nada como um dia após o outro, né Saly?????

AO SOM DO HIP HOP

Conforme já havia sido denunciado no artigo "Violência e Axé Music", a onda de agressões e de insegurança continua na rede municipal de educação, com a tendência a migrar cada vez mais para o centro da cidade. No IMACO, nos últimos dias da greve, no noturno, quando alguns colegas estavam trabalhando, a escola foi procurada por dezenas - dezenas mesmo- de guardas municipais e ali chegaram em, pelo menos, três viaturas.

Eles detiveram um aluno maior de idade e procuravam outros três. O motivo: na saída do parque municipal, um grupo de alunos cruzou com cerca de quatro GMP. Ao sairem do parque, um dos alunos se virou e atirou com arma de fogo contra os GMP e correram todos. Um dos supostos agressores foi pego e os demais fugiram.

No turno da tarde dessa mesma escola, na última quarta ou quinta-feira (16 ou 17 de junho), um membro da direção escolar foi agredido por um aluno. Não fui informado se o sindicato foi colocado a par da situação e quais foram as atitudes tomadas pela Gerência de Educação do Centro e zona sul e pela direção escolar.

As duas colegas que narraram o ocorrido, disseram é crescente a impunidade dos alunos naquela unidade e assim deve ser, em outras unidades, uma vez que os colegas diretores, professores, principalmente da PBH, não se posicionam. Falo sempre com os colegas de minha escola (que, embora de periferia, tem bom clima e relativa segurança) da necessidade de nos unir e tomarmos atitudes firmes contra qualquer tipo de agressão. Se uma pessoa for agredida, inúmeras outras poderão ser e é mais fácil nos prevenir que remediar.

Sugiro ao nosso sindicato que tome imediatamente a iniciativa de convocar um fórum para discutir sobre o assunto, convidando a Promotoria, a Prefeitura, a GMP, as polícias civil e militar, o Juizado da Criança e Adolescente e os conselhos tutelares e de Educação. Serão, as leis de proteção à criança e ao adolescente exageradas? Será preciso rever o Estatuto da Criança e do Adolescente? Vamos conversar com todos os órgãos que tratam disto.
Não é possível esperar pela próxima vítima para tomarmos providências. Não vamos esperar para fabricar um@ mártir, vamos?

domingo, 19 de junho de 2005

Rumos do nosso movimento e intervenções da SMED!

Colegas Professores,

Embora não tenha tempo, tenho uma pilha de provas para corrigir, acho importante interferir nesse blog e dar o meu recado. Vou direto ao ponto: estou preocupado em manter a pequena audiência que esse blog conquistou e pretendo que ela cresça tanto em número, como em freqüência e em qualidade. Por essa razão, escrevo, com objetivo de reconduzir esse blog ao seu objetivo. Não tenho o menor pudor com relação às manifestações que espontaneamente aparecem nele, nem me preocupa que se lave a roupa suja aqui, melhor, que se manifestem as contendas intestinas do nosso movimento, afinal, é pra isso que esse blog foi feito, também. O que me preocupa é a fragilidade estomacal de muitos colegas, pelegos ou não, que já não entram no movimento grevista ou não suportam a pressão, até mesmo nem participam das discussões preliminares e nem se manifestam, por uma série de razões que ainda desconhecemos. Esses analfabetos políticos ou apáticos, desinteressados também precisam de uma alfabetização ou motivação e penso que esse blog é um instrumento que pode ser utilizado com esse fim: manter a chama do movimento acesa (ainda que minúscula) e ir, ao longo do tempo, angariando partidários para a nossa causa, quero dizer, atrair colegas que pensam de diversas formas, sejam quem forem, Analise ou Klauss ou quem escreveu sobre a Analise, antes deles, por mais idiossincráticas (particulares), polêmicas, as idéias e formas de escrever ou de se manifestar que cada um tenha.
O que importa pra mim, aqui, é fazer valer o jogo democrático e reacender o movimento, trazendo para a política essa parcela indispensável da nossa classe, que nos fez falta na hora crucial de pressionar a prefeitura durante a greve.
Quero ressaltar que, com o término das reuniões pedagógicas nas escolas e as investidas orquestradas por essa administração contra a integridade do ensino (decente) e dos professores (sua capacidade de organização, senso ético e político) esses serão o grande problema que teremos de enfrentar com urgência urgentíssima. Essa luta tem que assumir um caráter suprapartidário, apesar d o PT ser o nosso atual maior inimigo ( aliás, maior inimigo até deles mesmos, dado o racha que os últimos acontecimentos provocaram no partido).
É que, pior que não ter nenhum projeto ou modelo de escola, é ter um completamente desvirtuado, como vem se fazendo com essa Escola Plural. Ficou o que era mais questionável nesse modelo:



  1. a progressão desembestada do aluno;
  2. a mescla de alunos com desenvolvimento muito
    diferenciado (ABISMAL);
  3. a enfiação de alunos em nome do hipérbato
    Inclusão;
  4. os grilhões do 1.5 e do atraso cada vez maior da chegada das
    verbas nas escolas;
  5. as intervenções de projetos que não prevêem a
    integração do ensino em sala de aula e as atividades extracurriculares (pelo
    contrário, só aumentam esse fosso);
  6. Esses professores (me incluo aqui, pois estou no projeto {veja P.S.}) possuem privilégios diferenciados da categoria. Além das atividades desenvolvidas serem lúdicas, portanto mais prazerosas, os horários de início e fim do projeto são mais flexíveis:
  • o professores do projeto do CAPE têm direito a dois dias de horário pedagógico, planejamento e formação coletiva, por semana, enquanto os professores regulares têm apenas 3 horas de projeto e nenhuma reunião pedagógica após sua extinção decretada nas escolas;
  • o horário de início das atividades dos projetos, nas escolas, pela manhã, é às 08:30h, enquanto a atividade normal tem início às 7:00h.
  • Estão disponíveis dois professores com carga horária integral e um professor com carga
    de 10 horas para uma turma que mal-mal completa 30 alunos;
  • Há disponibilidade de recursos como: ônibus de 15 em 15 dias para excursões, o que não acontece com outras turmas nas escolas.
  • essas turmas possuem uma verba específica do governo federal, enquanto ficamos de pires na mão.
  • Até hoje não vi o projeto desse projeto, o que me preocupa, já que toda atividade nossa tem de ser justificada com projetos e relatórios. Quero ver se vão perguntar pra nós professores do projeto, como faziam quando tentávamos justificar nossas turmas projeto : - o que você fez pelo aluno que ele fracassou?! Aí, pode ser acabem até com essa iniciativa e usem o dinheiro pra financiar mais gente em Cuba.

Nas reuniões pedagógicas, às quartas-feiras, é patente a inculcação de idéias que procuram reforçar o fosso das atividades propostas e o pretenso objetivo de alfabetização, pois as atividades propostas não parecem dar continuidade às atividades lúdicas, mas forçam a manutenção desses alunos em seus estados infantilizados já que as atividades não buscam um desdobramento pedagógico que ajude o aluno a assimilar os conteúdos escolares, pelo contrário, não está previsto um horário para que esses alunos recebam apoio em suas atividades escolares e o tempo de fazê-lo é todo tomado pelas atividades lúdicas.

É claro que devemos ter atividades lúdicas para motivar esse aluno e desenvolver habilidades que ficaram defasadas em função da sua condição desprivilegiada, mas isso deveria vir com atividades de alfabetização que também permitissem a esse aluno acompanhar, com maior desenvoltura, as aulas de matemática, português, etc.


Corremos o risco desses alunos incorporarem a idéia de que não é importante
o domínio desses conteúdos à sua formação e, ao que parece, as idéias
veiculadas nos horários pedagógicos do CAPE caminham nesse sentido. Ouço sempre a reclamação de que os professores dão atividades demais para os alunos! É esse tipo de condução escolar que, segundo a SMED, será avaliado pelo SIMAVE para avaliar o trabalho dos professores. É a escola do método plural confuso trocado pela escola do método de um partido com esquisofrenia paranóica .

É a isso que chamo de política do ?pão e circo?. Além do mais, esses projetos acontecem em uma pequena porcentagem de escolas. Há um claro e discutível movimento no CAPE que pressupõe a instituição escolar como uma instituição falida, mas não há uma proposta alternativa a ela, o que torna esse tipo de intervenção uma experiência ainda mais perniciosa, se não se fizer uma mudança de rumos.
Como vimos, há dois pesos e duas medidas. Enquanto se garante toda condição a um projeto experimental invasivo, se usurpa das escolas qualquer possibilidade de efetivar o seu projeto político pedagógico (veja denúncia). Na Escola Dom Orione, possuíamos projetos e aulas de caráter alternativo que faziam parte da grade curricular, mas que foram suprimidas a fim de se ajustar ao 1.5 e, mais recentemente, todos projetos das escolas serão extintos em função das políticas implementadas pela PBH que assumem, esse ano, um caráter punitivo, eminentemente partidário, à revelia das conseqüências que essa punição irá causar à educação (veja aqui).

Daí o fato de pensar que devemos assumir um caráter de luta suprapartidário, já que o nosso movimento não irá sobreviver às investidas humilhantes dessa máquina estatal sem a ajuda de outros partidos e da ala descontente e compromissada com a educação do próprio PT (existe?!). Ainda mais que, se me permitem a avaliação do quadro político, o PT oficial tende a se radicalizar ainda mais e a caminhar inexoravelmente para a implementação de uma forma de governo ainda mais tirana que a implementada pelo PSDB, já que, penso eu, a saída do ministro da Casa Civil , o Dirceu, e a manutenção dos demais acusados que têm estreita relação com a atual prefeitura, revela que não se trata de uma queda do Dirceu, mas o soltaram, já que ele é o Pitbul desse governo e as perseguições irão se acirrar ainda mais e nossa classe será um alvo preferencial. O PT está se comportando como uma fera mortalmente ferida, já que está exposta, de forma mais contundente, às mesmas críticas a que, antes, acusava seus opositores e para sobreviver politicamente e se manter no poder fará nas administrações públicas desse partido a mesma inquisição que cassou os insurgentes de seu partido.

Portanto, colegas, peço que façamos um grupo de estudos e de ação que faça uma reavaliação do movimento e implemente, efetivamente, uma ação permanente de defesa do ensino público decente e compromissado (nem falo mais ?de qualidade?, pois essa palavra me lembra o equivocado projeto do PSDB de Qualidade Total que o PT está implementando) e que sirva de consulta, crítica, apoio e aporte ao nosso sindicato. Quem desejar participar, inscreva-se no grupo ?professorpublico? clicando nesse endereço:

  • INSCREVA-SE AQUI MANTENHA-SE EM CONTATO



  • P.S. Embora participe do projeto, exigirei do CAPE que me permita trabalhar as horas da reunião e as 1h30m diárias em outro projeto, o CINESCOLA desenvolvido na EMDO ano passado ( veja aqui ) e em dando suporte aos colegas com os computadores. Penso que assim, não estarei, na prática, concordando com o CAPE com os privilégios que os professores dos projetos gozam.

    sexta-feira, 17 de junho de 2005

    Outra praguinha de Vila Lixeira...?!
    (ou... em defesa de quem não precisa...).
    Desfaçada...
    Representasse a si, e desmerecedora seria até de reles alusão... Vontade própria houvesse-lhe e face teria...
    Toda quadrilha tem os seus aviõezinhos, aqueles que trazem os papelotes e levam a grana... e aquelas até que morrem por seus paisinhos... e ademais, serviços outros lhes prestam...
    Divers@s del@s serviram-lhes, até no por eles sofrerem as nossas vergalhações, em nome de permanecerem sob o seu jugo-acobertador-de-carguinho... sim sabemos que são aquel@s que a qualquer novidade célere comunicam-nas, mesmo que afonsinhos...
    Como agora o faz, buscando conspurcar a imagem de Analise. Porque pessoa de nenhum caráter, por vereda outra que não a da ignomínia, e da anomia por anonimia, haver-se-ia de desandar... Cai-lhe bem a alcunha de Escória...

    Divergências várias as tivemos, e certamente outras advirão, que ainda passados não somos, Analise e eu. Próprio dos que opiniões as temos, nossas, e não as dos interesses momentâneos, pragas politiqueiras que grassam e medram nos meios Traidores. Oposições são peculiares aos que vivem, mas nunca àquel@s que perpassam a vida sem chegarem a ser...

    As Academias deveriam sobre-avaliar como podem sobre-titular e apresentar à sociedade tais espúrias formações... seria de efeito profilático aos parcos recursos das Universidades públicas, absolutamente impróprias são tais, mormente à convivência nas plagas educacionais. Mui jus fazem aos lugares-tenentes aos quais se reportam.

    E nisto dá ao servirem-nos de paus de batalhas, a bem espancarmos os biltres por cujos zelos humilham-se a babar as barras do Alcaide.

    Quem mandou não passar de nanocéfala nanoserviçal... Pequenez até na audição, pois que do que ouviu pouco assimilou (se em boa fé o pudesse), o que certamente não lhe cabe.

    Ah... ocorreu-me agora, que as pintas as têm, pelo sotaque talvez, o serem habitantes de lá, acoitad@s, de Vila Lixeira...

    Não lhes parece a todos, relembremos, a falas de Carlos de Tal.

    Outra faceta de que me enojo, pela hipocrisia latente... Querida!

    Klauss Athayde, 17/06/05
    RG 10.324.924 SSP/SP;

    quinta-feira, 16 de junho de 2005

    A EQUILIBRISTA

    Analise de Jesus, a sobrevivenvte
    No meio de greves, críticas de lado a lado e tanta desesperança, me parece que há uma unanimidade: Analise de Jesus da Silva. Como toda unanimidade é burra, gasto um tempo para me dizer estarrecida com a postura da colega na última assembléia da categoria: Analise se dizia entrando no movimento NAQUELE DIA. ESTAVA ENTRANDO EM GREVE NO ÚLTIMO DIA DA MESMA e mesmo assim, pegou o microfone PARA DEFENDER A VOLTA AS AULAS. Pronto, está explicado objetivamente por que Pimentel não relutou em nomear Analise para o Conselho.

    Outro ponto interessante é que no CM, segundo relatado nas atas do mesmo ela gastou um sem número de reuniões para discutir e defender a liberação da presidente (que só por coincidência era ela). Outros tantos assuntos seríssimos não tiveram o memso destaque. A Nossa greve mesmo não teve esta abertura nas pautas.

    Não foi feita a denúncia da realidade dos trabalhadores em educação, e quando aconteceu, não o foi pela presidente. Como ela mesma diz (está em ata que li nesta semana)ela não era representante dos trabalhadores mas presidente para todos (não é literal mas é o sentido). Na minha avaliação, quem é presidente "para todos" não é para ninguém. Na verdade faltou foco, faltou vontade política de fazer com que o CME fosse palco de nossa luta. Falo como professora que nunca quis se candidatar embora o incentivo dos colegas de escola.
    Terminada a greve sobraram o sindicato e a SMED arranhados e criticados. Analise posou no último dia de greve como aquela que trouxe FINALMENTE o bom senso e o equilíbrio ao movimento. Não caiu. Ou caiu para cima. Chegou a salvadora, respiravam aliviados os defensores do fim da greve quando a viram se aproximar do microfone.
    Faltou tudo neste tempo cinzento.
    O que não faltou neste tempo todo foi visão política e senso de oportunidade por parte da sobrevivente Analise.
    Não vou me identificar por conhecer de perto a ex-presidenta e suas raivosas reações.

    Querida, pense bem.

    Reunião na SMED - a falta de juizo dos representantes do Governo

    A reunião desta quarta-feira (15/06) na Secretaria de Educação que serviria para discutir o calendário de reposição das aulas se transformou em insana exibição dos representantes da Secretária Pilar, já que a mesma se encontrava mais uma vez viajando com o dinheiro público.
    Os representantes, subalternos, além de nada decidirem, ainda apresentaram uma proposta que prejudica ainda mais os alunos e as nossas escolas.
    1 - Eles querem acabar com as férias escolares, prejudicando pais e alunos, pois segundo eles as aulas deverão ir até 25 julho.
    2 ? Também propõem acabar com a semana de recesso dos alunos em outubro.
    3 ? Os professores só receberiam os salários após a reposição.
    4 ? Apresentaram um calendário também de reposição das reuniões pedagógicas.
    5 ? Durante a reunião os representantes da Pilar demonstravam que não queriam fazer qualquer acordo.

    Os nossos problemas:
    Essa proposta trás alguns problemas para a categoria. O mais sério e que eles não querem fazer qualquer acordo para manter e provocar o corte do nosso pagamento.
    Tal comportamento deixa poucos caminhos para todos nós. Talvez o único possível e retomar o movimento com mais determinação.
    Por outro lado, se nós temos o problema do corte do pagamento, a prefeitura terá que se explicar perante a população de BH a sua atitude, de não negociar.

    Os problemas da Pilar e do Pimentel:
    - Eles querem acabar com as férias dos alunos, desrespeitando as mães e pais que querem que a reposição seja de 30 minutos diários para não prejudicar as férias.
    - Caso os professores decidam não fazer a reposição os alunos ficarão sem aulas e a prefeitura terá que se explicar, inclusive perante o Ministério Público.
    - A prefeitura terá que explicar por qual motivo não aceita as decisões da Conferencia Municipal de Educação e porque nomeou uma desconhecida funcionária do Gabinete do Vereador Carlão para presidência do CMS.
    - O Senhor Pimentel ainda tem uma divida com a população de BH. O seu vice é do PTB, e eles PT e PTB estão envolvidos nas malas de dinheiro da corrupção.

    Ao que tudo indica o Pimentel e a Pilar querem que façamos um acampamento na porta da casa deles e na Câmara Municipal, ou querem que retomemos a GREVE.

    Consolação ? Diretora do SindUTE/BH

    terça-feira, 14 de junho de 2005

    Ausência da Reunião Pedagógica incapacita EM de cumprir sua função social!

    Bilhete entregue aos pais de alunos da E.M. Júlia Paraíso (bairro Alípio de Melo) revela que os eventos sociais, normalmente promovidos pela escola, serão extintos pela falta de um horário que permita o planejamento coletivo desse tipo de atividades! O bilhete me foi entregue por um professor, pai de um aluno que estuda na E.M.J.P. na última assembléia de professores!

    Senhores Pais,

    Comunicamos que, de acordo com decisão do professorado, em reunião realizada em 20/05/2005, não teremos condições de realizar os eventos que culminam projetos globais da escola (festa junina, corrida rústica, mostra cultural), em função da extinção do horário de Reunião Pedagógica Semanal que era utilizado para organização e planejamento dos mesmos.


    Como se pode ver, sem a reunião pedagógica, as Escola Municipais, que já empobreceram sua prática pedagógica, em razão dos baixos salários, do conseqüente adoecimento dos professores, da falta de uma política de substituição e de materialidade, da perda de sua autonomia, entre os quais a imposição do fluxo contínuo de alunos, as práticas intervencionistas e a restrição de investimento humano ao 1.5, agora amargamos a perda de uma prática conquistada desde 1982 e que ainda dava sustentação às políticas pedagógicas acordadas em âmbito coletivo e permitiam que os professores sincronizassem suas ações.
    Sinceramente, não sei onde quer chegar a Secretária de Educação que se recusa a nos ouvir, tão absorta está em sua visionária e descabida postura de infalível dona da verdade! E após fazer todo tipo de asneiras, ainda irá nos culpar por seu evidente e fragoroso fracasso!

    segunda-feira, 13 de junho de 2005

    ANONIMATO E DENÚNCIAS NA WEB

    Olá Frederico, Cícero e todos....

    O anonimato muitas vezes é a defesa dos que podem pouco (ou nada). O facismo italiano e as diversas formas de totalitarismo de direita (nazismo, franquismo, ditadura brasileira etc )e de esquerda (stalinismo, fidelismo, KMERismo etc)pouco se incomodavam de estuprar/violar/ a identidade/intimidade/vida privada dos críticos para conseguir seus intentos. Acreditem: a rede mundial de computadores também pode ser violada e os autores de e.mails podem ser perseguidos pelos neo stalinistas da PBH. Perseguir via atraso das férias prêmio, via indeferimento de processos administrativos, via corregedoria, via avaliação de desempenho é o mínimo. Existem mil formas impensadas e não descartadas por estes sedentos de poder e de unanimidade.
    É bonito e leal assinar seu próprio nome mas o risco da retaliação é real e explica o anonimato de muitos.
    Assinar o nome quando se é favorável a PBH é fácil.
    Frederico: a propósito de sua reflexão sobre inversão de papéis-se algum aluno está insatisfeito com o trabalho de um determinado profissional, não precisa ir para a casa deste trabalhador para reclamar. Estamos todos na escola e somos facilmente encontrados, ao contrário dos gestores da PBH que fogem do servidor e do CONTRIBUINTE. Não os encontramos em seus pseudo-locais de serviço e nem em lugar nenhum. quem não se lembra do Pimentel desmarcando a ida ao Palácio das Artes e da Pilar fugindo da Conferência Municipal de Educação? A relação é muito diferente e não cabe o paralelo, embora eu creia na sua boa fé ao propor tal inversão de papéis.

    Não creio ser justificável a ida a casa de alguém para cobrar posturas profissionais, mas a ausência de interlocução por parte da PBH explica a proposta.

    Invertamos os papéis mais uma vez: o que diziam estes gestores atuais, em épocas pré-"patrusianas"???? Uma amostra foi dada pela Pilar em sua meiga cartinha. O que diriam estes mesmos se perdessem o poder municipal???? Como aceitariam um Ferrara um João Leite ou um Amílcar dando 59% para seus cargos de confiança e ZERO para o funcionalismo?????
    Como reagiriam se a direita mandasse a Guarda Municipal tratar os professores e pais com a sua delicadeza habitual????

    Como seria a reação de carlão de tal, rogério correia, neila batista, pilar maria, zamara campos, ramom de carranca, analize de jesus, ércio sena, hilário hilariante, arnaldo godoy, todo os ocupantes de cargos na PBH e legislativo que se dizem de esquerda (todos em minúsculas mesmo!!!) se descobrissem antes de 1993 que a PBH pagava décimo quarto salário para seus secretários e prefeito????

    coloco a ex-presidenta do conselhinho de educação na listagem com muita convicção: que atitude coerente da sobrevivente analize! Mais que defender o fim da greve, se dizer em greve no último dia da mesma, isto depois de passar todo o tempo de bico calado foi demais! Senta e analise, analize.

    INVERSÃO JÁ!!!!!

    E a propósito: muitos dos que gastam tempo e fosfato digitando textos em nome da ética quando se trata de defender nossos algozes, não escrevem uma linha sequer para criticar as suas práticas de rapinagem do erário público. PELO FIM DA PIRATARIA NA PBH E NA POLÍTICA.

    quarta-feira, 1 de junho de 2005

    BIBLIOTECAS OU DEPÓSITOS DE LIVROS?

    BIBLIOTECAS OU DEPÓSITOS DE LIVROS?

    Responda rápido: o pessoal que trabalha na biblioteca de sua escola assemelha-se mais a um grupo de educadores ou a um grupo de almoxarifes?
    São mais preocupados com a formação do leitor e com a transformação do espaço onde atuam num local de encontro dos diversos sujeitos da escola com a cultura (literária ou não) ou apenas se dedicam a arrumar estantes e atormentar usuários esquecidos, fazendo da biblioteca "mais o lugar onde se esconde o livro do que o lugar onde se procura fazê-lo circular"?*
    Conheço muitos almoxarifes atuando em bibliotecas. A essência de seu trabalho resume-se ao contole da entrada e saída de objetos. Possuem baixíssimo conhecimento teórico e instrumental da sua área de atuação, seja em teoria literária, sociologia da leitura, ação cultural - e a SMED, por sua vez, não dá nenhum tipo de formação específica para o setor - e como não tem propostas de alcance educativo mais abrangente, são obrigados a "inventar" serviço, para não ficar o dia inteiro lendo jornal ou tomando cafezinho e fofocando com os colegas. Desse modo, colar um enfeite na porta do armário ou aplicar fita adesiva na lateral de um livro são, sob a ótica dos almoxarifes, mais importantes que apresentar bons materiais de leitura aos estudantes ou desenvolver ações pontuais, integrando sala de aula e biblioteca, no que se refere à pesquisa escolar por exemplo. Muitos desses almoxarifes, que estão fora da sala de aula em razão da readaptação funcional, aproveitam-se dessa excepcionalidade trabalhista para justificar a sua inoperância e ajudam a encher com suas lágrimas o mura das lamentações do setor.
    Sou auxiliar de biblioteca desde a implantação do Programa de Revitalização de Bibliotecas da RME/BH, em 1997. De lá pra cá, não vi nada se revitalizando. Em razão da falta de seriedade da SMED em garantir a efetiva implantação do Programa, a indigência cultural de grande parte do pessoal de biblioteca e a ausência de intencionalidade educativa das escolas em relação às suas salas de leitura, não tenho pejo em dizer que essa iniciativa nasceu morta.
    Millôr Fernandes, certa vez, ao lembrar todo o esforço que é necessário para o aprimoramento intelectual, observou que, apesar de tudo "o domínio do óbvio está ao alcance de qualquer um". E a mediocridade, salvo honrosas exceções, grassa na maioria das bibliotecas da RME/BH.

    Halem Martins de Souza E.M.L.A


    * retirado do artigo Livro,objeto do desejo, de autoria das professoras Ivete Walty e Maria Zilda Cury, publicado na revista Presença Pedagógica n.12 1996